O Paradoxo da Escolha, por Barry Schwartz | Por Que Mais É Menos | Review Sumarizado do Livro
Já se sentiu paralisado ao tentar comprar uma roupa dentre outras dezenas? A ideia de optar quando se há muitas opções pode não ser tão agradável ou produtiva, já que , curiosamente, múltiplas opções pode causar confusão nas mentes alheias.
Não só as mais complicadas decisões, mais também as comuns do cotidiano se tornaram bastante complexas devido à abundância de seleções possíveis. Tal complexidade pode tornar bem mais difícil tais decisões, podendo ocasionar problemas no trabalho e na vida pessoal.
Então, será mesmo que mais opções de escolha significa necessariamente mais satisfação e felicidade? O paradoxo se forma quando você, supostamente, deveria só obter vantagens ao poder selecionar dentre muitas opções. Porém, tal fartura, na verdade, acaba te atrapalhando.
Maximizadores vs. "satisfacers"
- O primeiro tipo quer o melhor o tempo todo. Na verdade, as pessoas maximizadoras podem ficar com o pensamento em mente de que sempre há "algo melhor" do que foi escolhido ou tem em mãos.
- Já o segundo, seus padrões e critérios são atendido mais facilmente, mas isso não quer dizer que se contentam com a mediocridade. Quando seus critérios são atendidos, eles se satisfazem.
- Qual tipo é você? E quem você acha que se estressa mais?
- As pessoas maximadoras deveriam procurar se satisfazer mais facilmente. Já se imaginou tentando conseguir o melhor do melhor de tudo que você quiser obter?
- Tenha critérios, mas não procure sempre "o melhor". Aprenda a cultivar a mentalidade do "pode não ser o melhor, mas é bom o suficiente para mim" que é uma prática nata dos "satisfacers".
Perfeccionistas e "optmalistas":
- A primeira palavra parece gritar "estresse". Os perfeccionistas procuram a perfeição em tudo. Você poderia dizer que são uma versão melhorada (ou piorada, se é que me entende) dos maximizadores.
- Eles acreditam que a perfeição nada mais é que "algo não alcançado ainda".
- Por outro lado, os "optmalistas" buscam uma perfeição levando em consideração todas as limitações presentes, isto é, procuram o melhor, mas se atém à realidade.
- Sua busca por perfeição nada mais é que um ideal que o guia. Ele sabe que a perfeição é impossível, mas usa a ideia como fonte de inspiração.
- Um atleta pode buscar pela perfeição mesmo sabendo que ela é inatingível. Isso significa que ele tentará sempre se superar, chegando ao mais próximo dela.
- Livre-se da mentalidade perfeccionista. Aceite e abrace a realidade e suas limitações.
Vendendo:
- O vendedor possui essa ingênua ideia de que quanto mais opções de produtos oferecer, mais satisfeito e propício a comprar o clientes serão.
- Contudo, um estudo revelou algo interessante:
- No experimento 1, foram oferecidas 24 amostras de geleias. No experimento 2, eles ofereceram apenas 6.
- O com o maior número de amostras atraiu mais pessoas. Porém, as pessoas testaram o mesmo número de amostras em média em ambos os experimentos.
- Todavia, apenas 3% das pessoas que provaram no experimento 1 compraram o produto. Em contrapartida, 30% compraram no experimento 2.
- Algo interessante também acontece em restaurantes: o menu é imenso, possuindo até dezenas de itens.
- Essa grande lista, por si só, já é capaz de te paralisar e causar um intensa e incômoda indecisão. Porém, convenientemente, eles colocam alguns itens ou pratos "especiais" numa parte exclusiva e destacada do menu.
- Provavelmente, você pedirá um dos "especiais" porque é mais fácil de escolher, dando uma margem de lucro maior para o estabelecimento.
Decisões mais sérias:
- Ao precisar decidir dentre várias opções sérias e complexas, nada seria melhor que existisse apenas uma opção.
- Talvez isso pareça absurdo ou digno de gente preguiçosa, mas esses momentos podem trazer um intenso desgaste psicológico.
- O que acontecerá de você tomar a decisão errado? Como saber qual a decisão correta ou errada? Será que sequer existe uma? Além de tudo isso, como você irá reagir caso tenha decidido erroneamente?
- Para evitar tudo isso, as pessoas tendem a simplesmente não escolher. Assim, as pessoas não terão que optar por elas.
- Quando não se possui critérios bem definidos, essa indecisão bate ainda mais forte. É como ter que selecionar um produto dentre umas 30 opções sem saber o que realmente quer.
Indecisão e tempo:
- Já parou para pensar em qual seria a soma de todo o tempo que você já gastou ao estar indeciso? Pessoalmente, não acontece muito comigo, já que não tenho muitas escolhas para muitas coisas (rs).
- De qualquer forma, pense no tempo que você gasta escolhendo a roupa, a comida, o que assistir ou ler, entre outras decisões diárias. Se você conhece o Efeito Composto, então já sabe que toda decisão é importante e que todo tempo, mesmo que pouco, se acumula, causando um efeito que, nesse caso, será negativo.
Facilitando a vida da pobre alma:
- Como visto, nem sempre ter ou oferecer muitas opções é o melhor cenário. Mas o que você poderia fazer para evitar ou diminuir o aparecimento da "paralisia da indecisão"?
- Bom, isso depende de quem você é e do que você está a oferecer.
- Se for um vendedor, tende não oferecer opções demais. Não de cara ao menos. Se o cliente pedir por mais opções, então abra sua maleta.
- Você mesmo pode se ajudar. Defina critérios ao precisar escolher, eliminando a maior parte das possibilidades.
- Não sabe qual roupa vestir, qual sapato é o melhor ou o que preparar para o jantar? Tente planejar sua semana. Crie um cardápio programado. Use as roupas em sequência.
- A ideia é diminuir as escolhas possíveis duma forma eficaz. Você não só economizará seu precioso tempo, como também poderá tomar sempre (ou quase rs) as melhores decisões.
- Já se perguntou por que tantas pessoas de sucesso se vestem da mesma forma todos os dias? Comodidade: ter que escolher qual roupa usar todo os dias é estressante (dizem minhas irmãs e outras pessoas que conheço) e exige tempo, algo que vale ouro mesmo em pouca quantidade.
- Steve Jobs foi um proeminente adepto dessa prática.
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