A Hipótese da Felicidade, por Jonathan Haidt | Encontrando Modernas Verdades em Sabedorias Antigas | Review Sumário

Felicidade é um estado mental que qualquer pessoa busca estar. Porém, dias estressantes estão cada vez mais presentes no dia a dia da pessoa moderna, então esse modo de estar está cada vez mais raro.

Conseguiria imaginar agora uma pessoa feliz? Que tal se lembrar de uma família feliz? Já se perguntou a razão da felicidade de cada um desses indivíduos?

São essas e outras questões que o livro propõe discorrer e possivelmente responder de forma satisfatória utilizando meios e recursos da psicologia científica. Afinal, quem não gostaria de saber a receita secreta para fazer um grande bolo de felicidade?

A divisão de si mesmo:
  • Muitas das vezas, nossa mente e nosso corpo não trabalham em conjunto, acabando em sabotamento mútuo. 
    • Enquanto a mente quer, por exemplo, focar no emagrecimento, nosso corpo está sempre conseguindo contrapor ao desejar certas comidas.
    • Então, essa sincronização deve ser concebida para que haja alguma esperança de conseguir ser feliz.
A origem da felicidade:
  • Para monges e boa parte da filosofia oriental, a felicidade (como ensinava Buda), vem com o desprendimento, pois quando você está preso a desejos, o sofrimento é iminente.
    • Então, quanto mais você se livrar de desejos e anseios, mais facilmente você será feliz, porque poderá sentir uma paz interior.
  • Para a maior parte das pessoas do ocidente (no outro extremo da questão), está a busca da felicidade através da realização de sonhos materiais (mas não somente) através do mais puro modo capitalista de ser:
    • Comprar uma mansão e um camaro, além de ter um emprego dos sonhos e dinheiro para gastar como quiser.
    • Vale ressaltar que muita gente se sente infeliz por não conseguir tais bens. Uns até entram em depressão devido a relação entre o consumismo e à frustração.
    • Contudo, muitas vezes, a felicidade, sim, vem de aquisições materiais. 
  • Contudo, qual seria o caminho do meio para ambas as formas buscar pela felicidade?
    • A ideia não é se desfazer de apegos, mas se prender aos corretos, se desprendendo e objetivos que são puramente vaidades.
    • Querer uma mansão é diferente de querer uma casa confortável para a família. Querer um carro para passear ou ir ao trabalho é diferente de desejar um carro para correr acima de 250 km/h.
Pontos de adaptação e a felicidade:
  • Quem será mais feliz daqui a um ano, uma pessoa que acabou de ganhar 10 milhões de reais na loteria ou uma pessoa que ficou tetraplégica recentemente?
    • A resposta correta parece óbvia, porém não é bem assim.
    • Segundo estudos apontados no livro, o ser humano possui uma grande capacidade de se adaptar de acordo com sua situação atual, incluindo as coisas que o rodeia.
  • Isso significa que o ponto base da felicidade irá mudar sempre que algo bom ou ruim acontecer.
    • Comprar um item novo irá trazer uma satisfação momentânea, pois depois de um tempo, sua base já terá se adaptado a nova realidade.
    • A TV de 52" não será tão grande, o carro não será tão veloz, a casa não será tão grande após um ano.
    • Da mesma forma, a pessoa tetraplégica irá recalibrar sua base (requisitos para ser feliz), podendo ser feliz mesmo com o grave problema que adquiriu.
  • Já se perguntou como pessoas tão pobres, como o pessoal do sertão, conseguem ser feliz com tão pouco?
    • A noção de felicidade não é estática. Para você, pode ser diversão e luxo. Para eles, ter o ue comer e beber todos os dias.
  • Por fim, as aquisições materiais nunca serão os fatores definitivos para conseguir ser feliz, pois quem busca felicidade na comprar dum carro veloz, sempre buscará por um carro mais veloz.
A fórmula da felicidade:
  • Quem diria que a felicidade possui uma fórmula de fato? E não é tão complicada: funciona como uma sintetização de filosofias e conhecimentos sobre o tema.
    • Ela é F=PB+C+AV.
  • PB (Pontos Base): já falei brevemente no tópico anterior. Resumidamente, é onde e com o que a pessoa nasce (lugar, dinheiro, condições físicas, genética etc.).
    • Vale lembrar que o ponto base muda de acordo com nossa experiência de vida.
  • C (Condições): fatores externos de nossa vida, como a satisfação com o atual emprego, o quão boas são as relações familiares, amorosas etc.
  • AV (Ações Voluntárias): o que você pode fazer para melhorar sua vida e ser feliz:
    • Meditar, praticar exercícios físicos, possuir uma dieta saudável etc.
  • Quanto mais "pontos" você conseguir nesses três itens, mais feliz você será:
    • Limitações físicas podem ser superadas, como mostrado pelos participantes de competições para deficientes, como a paraolimpíada.
    • Não está feliz no namoro atual, por que não acaba? Se possui um emprego ruim, o que tem feito para conseguir outro melhor?
    • Por fim, como tem tratado sua saúde? Tem lido bons livros?
Os dois tipos de amor:
  • O primeiro é um amor em forma de paixão. 
    • Ele é intenso e tende a ser inconsequente. 
    • Chega ao topo muito rapidamente, mas desce na mesma velocidade depois de meses ou primeiro ano. 
    • Você ver muito nesses filmes de romance, onde a pessoa se apaixona perdidamente num curto período de tempo e faz tudo pelo amada.
  • O segundo é o compassivo:
    • Começa mais lento e, diferentemente do apaixonado, ele dura bem mais tempo.
    • É como um relacionamento que leva anos até chegar ao casamento:
      • Começa com uma simples amizade, depois se tornam namorados e vão progredindo.
  • Em alguns meses, a primeira forma de amar (paixão) parece ser a melhor, mas ao longo de décadas, o segundo com certeza se mostrará mais eficiente em manter o casal junto e fazê-los felizes.

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